Tuesday, January 18, 2011

i love you too

"
Uma mulher que vibra, mulher de fibra, que sonha e transforma em realidade. Mulher que entontece com rosto exuberante, corpo perfumado, olhos brilhantes, curvas suaves, cabelos sedosos, boca que é puro desejo e que provoca estranhas sensações de querer mais depois de tão sublimes momentos, do êxtase até então pleno, quando o coração acelerado deixa que o olhar torne desnecessárias as palavras; silêncio tão-somente findado por suspiros calmos e uma paz que, sem pedir licença, domina a alma de quem, simplesmente, a abraça, rogando aconchego, proteção, afeto.
Guerreira mulher que esconde jeito infantil e seduz o mais audaz entre os homens. Que entende sobre os mistérios do coração, traduzindo em gestos os vocábulos de centenas de poetas que jamais desistirão de explicar o amor. Ah, mulher que não sabe a força que carrega no caminhar, quando sequer percebe os pássaros orquestrando sua passagem sobre os arbustos que julgam palco.
Mulher que ainda ferida por desilusões encontra força para cicatrizar, com perfeição, resquícios de bravas batalhas. Doce engano, eu pensava não encontrar incontáveis qualidades em uma só pessoa até encontrar você. Mulher, única, produzida por Deus, que perfeito em toda sua obra, céu, ar, terra e mar, resolveu iluminar ainda mais a vida de todos que a cercam colocando você em seus caminhos. Mulher-estrela que dispensa adjetivos por traduzir-se apenas como Mulher Divina."

JD

30907

"As vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que
os meus olhos eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade:
Um olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras
Quando agora digo: meu amor...
Já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
Tenho a certeza,
de que todas as coisas estremeciam
Só de murmurar o teu nome,
No silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti não há nada que me peça água
O passado é inútil como um trapo
E já te disse: as palavras estão gastas."

maf

"A minha Deusa é ainda mais bela por não saber que é uma deusa. Não sabe que todos os dias faz milagres na sua máquina de cozinha, não sabe o jeito que tem para ser mãe, não mede a generosidade com que trata os amigos e os filhos dos outros, não sonha o quanto as pessoas que gostam e precisam dela. Mas há deusas assim, que passam pela vida, sem adivinhar o que são., como se fossem iguais as outras mulheres, e encolhem os ombros perante os seus defeitos, numa discrição congénita, quase timida, quase infantil, desconhecendo o poder que emanam.
A minha deusa é minha e leva dentro dela metade de mim.
Será sempre bela na forma pura como se comove com a tristeza dos outros. Tem pena de ter só dois braços porque sabe que neles não cabe o mundo. Mais caibo lá eu, os meus, os pais e irmãos dela, as amigas, uma que ajudou a salvar e outra que lhe escreve páginas de jornal (...) sei que tive a maior sorte do mundo porque vivi na terra com uma deusa e poucos mortais têm tão rara ou melhor sorte."


ANA RITA NADAIS DOS SANTOS

Monday, August 9, 2010

Sobre o Norte, dum Lisboeta

Primeiro, as verdades.
O Norte é mais Português que Portugal.
As minhotas são as raparigas mais bonitas do País.
O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela.
...
As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca.
Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.
Mais verdades.
No Norte a comida é melhor.
O vinho é melhor.
O serviço é melhor.
Os preços são mais baixos.
Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia.
Estas são as verdades do Norte de Portugal.
Mas há uma verdade maior.
É que só o Norte existe. O Sul não existe.
As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.
Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.
No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?
No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país.
Não haja enganos.
Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.
Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.
Mas o Norte é onde Portugal começa.
Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.
Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.
Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
Mais ou menos peninsular, ou insular.
É esta a verdade.
Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.
O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.
O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho.
Tem esse defeito e essa verdade.
Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.
O Norte é feminino.
O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.
As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos.
Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito.
Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.
São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte.
Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.
Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.
Só descomposturas, e mimos, e carinhos.
O Norte é a nossa verdade.
Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi.
Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos.
Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte".
Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.
No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.
O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.
O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos
chamamos todos?».

Amo-te, logo sou livre e tu também

“Amo-te, logo sou livre e tu também”

Entre voltas e voltas pelos ciclos dos dias lá volta o ensejo, para voltar a falar de Amor, na versão do amor a dois.

“Amo-te, logo sou livre e tu também”, esta frase do querido amigo J.A. é propulsora deste sentir.

Por diversas vezes temos falado do amor real, aquele que não se baseia em qualquer tipo de dependência ou necessidade.

Continua no entanto, a ser uma fórmula incompreensível para muitas pessoas.

- Amor / Desejo – Amor / Vontade – Amor / Carência – Amor / Domínio -

Ama-se, porque se precisa do outro, seja lá para o que for……

São estas, as facetas do amor que revestem a maior parte dos relacionamentos.

Por isso, e com isso, criamos o chamado sofrimento por amor.

A graduação do amor não é uniforme, nem uma competição.

Cada ser humano na sua múltipla diversidade de vivências cármicas e de missão de vida, tem formas e posturas diferentes de expressar o amor.

Cada ser humano deve abrir-se á percepção dessas tantas formas, e suprimir as barreiras limitantes dos amores novelescos.

“se alguém não te ama como tu queres, não significa

que não te ame da melhor forma que consegue”

Isto é a rejeição da vontade egóica, isto é a liberdade.

Mais ainda, nestes tempos de profundos acertos cármicos, em que vivemos muitas vidas numa só vida, quantos amores existem: desencontrados, desacertados, incongruentes, incompreendidos, e no entanto...tão sublimes, profundos, eternos.

Em paralelo com esta compreensão e aceitação, gera-se a liberdade total, em que sem apego, medo ou expectativa de receber, podes emitir o belo dizer: Amo-te

Seja este entendido ou não, partilhado ou ignorado, é o teu fogo sagrado, a tua essência divina, que como semente fecunda, espraias pelas searas universais.

E o Amor / Liberdade cresce em ti, faz parte de ti, porque não precisas de “um objecto” a quem dedicar o teu amor.

Tu, és o Amor

A.

14 de Junho de 2010

Sunday, December 27, 2009

Não há nada no mundo que deteste mais do que não conseguir mostrar lhe a imensidade do que sinto. porque que ele, simplesmente, nao percebe ?!

" JARDINS(SEMI) PROIBIDOS ! "

Thursday, December 24, 2009


Um feliz e santo Natal é o maior desejo para todas as famílias e pessoas o mundo inteiro.